5 bênçãos do dízimo fáceis de ignorar, mas que mudam vidas
Deus promete grandes bênçãos quando vivemos a lei do dízimo. No entanto, os frutos de obedecer a este mandamento nem sempre são o que esperamos.
Por exemplo, um dia após pagar seu dízimo, minha colega recebeu uma carta de notificação da Receita Federal sobre um erro em sua declaração de imposto de renda. A mensagem indicava que ela devia 20 mil dólares. Aquela não era exatamente a bênção temporal que ela esperava.
Experiências como essas podem parecer confusas, especialmente quando ouvimos histórias de milagres sobre outros que recebem algum ganho inesperado após pagar um décimo de seus rendimentos ao Senhor.
Embora Deus possa manifestar milagres em resposta à nossa fé e obediência (Éter 12:12), nem sempre podemos notar resultados óbvios. No entanto, isso não significa que o Senhor não nos esteja abençoando.
Em seu discurso na conferência geral de outubro de 2023, o Élder Neil L. Andersen ensinou:
“As janelas do céu se abrem de diversas maneiras. Algumas são materiais, mas muitas são espirituais. Algumas são sutis e fáceis de passar despercebidas. Confiem no tempo do Senhor; as bênçãos sempre virão.”
Quais são algumas dessas bênçãos mais sutis? E como podemos reconhecê-las, especialmente quando cumprir este mandamento é um sacrifício?
Aqui estão cinco bênçãos ao pagar o dízimo que, às vezes ignoramos, mas que podem transformar nossas vidas.
Uma compreensão mais profunda de Deus e das muitas maneiras como Ele nos abençoa
Embora possamos confiar que Deus cumprirá Sua promessa de abrir as janelas do céu, nossa fé deve ser, em última instância, no Doador de toda boa dádiva (relaTiago 1:17) — não nos presentes em si.
Não devemos exigir ou esperar resultados ou cronogramas específicos com base em nossa obediência a um princípio. O Élder D. Todd Christofferson ensinou
:“Algumas pessoas compreendem mal as promessas de Deus, acreditando que a obediência a Ele produz resultados específicos em uma programação determinada.
Porém, as coisas não são tão automáticas nas planilhas divinas. Não devemos imaginar o plano de Deus como sendo uma máquina cósmica de venda onde podemos (1) escolher uma bênção desejada, (2) inserir a quantidade exigida de boas obras e (3) receber o pedido automaticamente.”
Quando não recebemos um resultado que poderíamos esperar ou antecipar após pagar o dízimo, podemos usar a experiência para nos aproximar de Deus e buscar entender o que Ele está tentando nos ensinar. Essa abordagem é mais fácil de ser dita do que feita, mas Deus pode nos ajudar a reconhecer outras maneiras pelas quais Ele já nos abençoa (1 Coríntios 2:14).
Por meio desse processo, fortalecemos nossa fé no Senhor, em vez de nos resultados. Ao procurarmos Sua mão em lugares inesperados, conhecemos melhor a Ele e entendemos como Ele opera em nossas vidas. Na conclusão de sei discurso, o Élder Christofferson ensinou:
“No final, o que buscamos é a bênção de um relacionamento próximo e duradouro com o Pai e o Filho. Esse relacionamento faz toda a diferença e sempre vale a pena.”
Uma perspectiva maior e uma compreensão do nosso verdadeiro valor
Doar o dízimo nos ajuda a colocar nosso valor em Deus, em vez do que possuímos. Esse ato de fé nos ajuda a evitar idolatrar bens materiais, e nos tornamos melhores em expressar gratidão por nossas bênçãos.
Embora seja fácil esquecer a fonte de todos os presentes quando as coisas estão indo bem em nossa vida (Helamã 12:2), sem mencionar o desafio de procurar o bem em tempos difíceis, pagar o dízimo nos ajuda a reconhecer e lembrar como o Senhor já nos abençoou. O presidente Presidente Russell M. Nelson ensinou:
“A despeito de nossa situação, demonstrar gratidão por nossos privilégios é um remédio espiritual duradouro singular e de ação rápida”.
Essa oportunidade de reconhecer nossas bênçãos nos mantém centrados. Nos lembra que dinheiro e bens temporais não são a única fonte de nossa alegria ou salvação, embora possam ser ferramentas valiosas para o bem.
O Senhor não precisa do nosso dinheiro, mas Ele pede nossos corações. Quando questionado sobre por que o Senhor ordenou a Abraão que sacrificasse Isaque, “a única esperança de sua posteridade”, o Presidente Hugh B. Brown respondeu: “Abraão precisava aprender algo sobre Abraão”.
Pagar o dízimo às vezes pode parecer um sacrifício como o de Abraão, mas podemos confiar que Deus nos deu esse mandamento para o nosso bem. Ele quer que aprendamos algo sobre nós mesmos que não podemos aprender de nenhuma outra maneira.
Em seu discurso na conferência geral de outubro de 2023, o Presidente Russell M. Nelson ensinou que o dízimo é mais sobre seu poder transformador em nós como discípulos do que sobre finanças:
“Quando eu era um jovem residente, eu ganhava 15 dólares por mês. Certa noite, minha esposa, Dantzel, perguntou se eu estava pagando dízimo daquele parco salário. Eu não estava. Rapidamente me arrependi e comecei a pagar um dólar e meio a mais de dízimo por mês.
Fez alguma diferença para a Igreja termos aumentado nosso dízimo? É claro que não. Contudo, ser um dizimista integral mudou a mim. Foi então que aprendi que pagar o dízimo está relacionado à fé, não ao dinheiro.”
Maior capacidade para autodisciplina e priorização
Pagar o dízimo nos incentiva a pensar sobre como gerenciamos o dinheiro. Aprendemos a praticar o controle, concentrar nossos recursos no que mais importa e ser responsáveis perante o Senhor como bons administradores de nossas “bênçãos terrenas” (Doutrina e Convênios 104:13).
Para mim, pagar o dízimo é uma oportunidade de avaliar minha saúde financeira e alinhar meu dinheiro com meus valores. Sempre que recebo um salário, gosto de pensar em investir no Senhor primeiro por meio do dízimo, e em mim e nos meus entes queridos em segundo lugar por meio de uma poupança.
Assim, essa abordagem me lembra de ajustar meu orçamento após fazer uma doação de dízimo, garantindo que estou direcionando meus recursos para o que é mais importante, ao mesmo tempo em que planejo despesas necessárias e metas financeiras.
O Élder David A. Bednar sugeriu que algumas bênçãos sutis ao pagar o dízimo incluem:
“Uma maior capacidade espiritual e temporal de fazer mais com menos, uma habilidade mais eficaz de priorizar e simplificar, e uma capacidade maior de cuidar melhor das posses materiais que já adquirimos.”
Esses resultados não apenas nos capacitam a prover melhor para nós mesmos e nossas famílias, mas também oferecem mais oportunidades para servir a Deus e aos outros fora de nossos círculos.
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Um sentido mais forte de pertencimento e significado
Quando doamos fundos de dízimo, juntamo-nos ao esforço coletivo mundial de compartilhar o evangelho de Jesus Cristo. Em um mundo que busca desesperadamente propósito e conexão, o Senhor nos concede o privilégio de fazer parte do que o Presidente Russell M. Nelson chamou de “o maior desafio, a maior causa e a maior obra na terra hoje”.
Ao pagar nosso dízimo, nos dedicamos ao Senhor, mostrando um desejo tangível de servi-Lo e fortalecer nosso relacionamento com Ele. Essa ação solidifica nosso compromisso com Seu evangelho e filiação em Sua Igreja. Em outubro de 2022 o Élder Christofferson ensinou:
“Grande parte de nosso sentimento de inclusão é proveniente de nosso serviço e dos sacrifícios que fazemos pelas outras pessoas e pelo Senhor. …Qualquer sacrifício que fizermos na causa do Senhor ajuda a confirmar nosso lugar com Aquele que deu Sua vida em resgate por muitos.”
Mesmo quando sentimos que nossas ofertas de dízimo são modestas, como as moedas da viúva, o Senhor honra nossas contribuições e utiliza esses fundos sagrados para avançar Sua obra.
Até outubro de 2023, a Igreja contava com mais de 71 mil missionários servindo em 414 missões, mais de 30 mil congregações em 195 países e territórios, 177 templos em operação e cinco instituições de ensino superior patrocinadas pela Igreja com cerca de 145 mil alunos. Esses programas e recursos são todos possíveis através de dízimos e ofertas, ajudando a Igreja a alcançar os filhos de Deus em todo o mundo.
Além de sentir o propósito e pertencimento que vem de ajudar a impulsionar a obra do Senhor, podemos desfrutar de sentimentos mais fortes de união e realização ao servir juntos.
Oportunidades de ver além e aliviar o sofrimento
As bênçãos de pagar o dízimo vão muito além de nossos desejos e necessidades individuais. Cumprir este mandamento nos ajuda a ver além de nossas preocupações individuais e encontrar alegria no espírito de generosidade.
Um propósito do dízimo é apoiar esforços humanitários e de bem-estar, cumprindo o mandamento de Deus de “[cuidar] dos pobres e necessitados e [ministrar] auxílio para que não sofram” (Doutrina e Convênios 38:35). Em 2022, mais de um bilhão de dólares americanos provenientes de dízimos e ofertas dos membros foram destinados a essa causa.
Ao seguir este mandamento divino de cuidar de todos os filhos de Deus, compartilhamos as bênçãos do Senhor e apoiamos outros em seus momentos de necessidade. O Élder Andersen ensinou:
“Tudo o que temos e tudo o que somos provém de Deus. Como discípulos de Cristo, nós compartilhamos essas coisas voluntariamente com as pessoas ao nosso redor. … A única solução permanente para a pobreza deste mundo é o evangelho de Jesus Cristo.”
Embora nem sempre experimentemos “bênçãos temporais imediatas, dramáticas e facilmente reconhecíveis” ao pagar o dízimo, o Senhor ainda abre as janelas do céu para nós, mesmo que, por vezes, de maneiras inesperadas.
Quando minha colega recebeu aquela carta da Receita Federal depois de pagar seu dízimo, ela riu da ironia de sua experiência. Aquela situação era o oposto do que havia aprendido sobre as bênçãos do dízimo. Mas após refletir, ela percebeu que mesmo se soubesse que aquela carta chegaria, ela teria pago seu dízimo de qualquer maneira, pois o vê como parte de seu compromisso de seguir Cristo e ajudar os filhos de Deus.
Às vezes, as bênçãos do dízimo podem ser menos visíveis do que outras, mas o Senhor nos ajudará a discernir espiritualmente e reconhecer os frutos de nossa obediência. Aproximar-se Dele por meio desse processo pode ser a bênção mais recompensadora de todas.
Fonte: LDS Living
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